Ações de combate à hipertensão alertam sobre perigos da pressão alta

Dez cidades do Sudeste e Nordeste, entre elas São Paulo, Rio de Janeiro e Ilhéus, na Bahia, terão medição de pressão gratuita em alusão ao Dia Nacional e ao Dia Mundial de Combate à Hipertensão. A iniciativa é da Sociedade Brasileira de Hipertensão e acontece até o dia 23 maio.

Entre os destaques está um circuito que passará por São Paulo, no dia 16 de maio, na sede da FIESP, na Avenida Paulista; e também no Rio, no dia 15 de maio, na UERJ, Universidade do Estado do Rio de Janeiro. As intervenções incluem aferição da pressão arterial gratuita e orientações sobre dieta saudável, prática de exercícios físicos e controle do estresse. Médicos, nutricionistas, educadores físicos, psicólogos, enfermeiros e farmacêuticos estarão presentes nas ações.

A redução do consumo de sal, a prática regular de atividades físicas e o acompanhamento médico são algumas medidas que podem ajudar no controle da pressão arterial. Outro fator importante é a manutenção de um peso saudável, como alerta o presidente da Sociedade Brasileira de Hipertensão, Luis Cuadrado.

Pra cada dez quilos de aumento de peso, a gente aumenta mais ou menos um [ de pressão]. Quem está no peso bom e tem 11 por 7 de pressão, se engordar trinta quilos, ele vai pra 15 por 10.  A obesidade é um dos fatores mais problemáticos.

Luis Cuadrado explica que a hipertensão é uma doença silenciosa e que a maneira mais simples de detectá-la é através da medição com aparelhos apropriados e, de preferência, por profissionais de saúde.

É recomendado pelo menos uma vez por ano todas as pessoas fazerem uma medida de pressão arterial. Ou seja, meça sua pressão arterial nas unidades básicas de saúde pelo menos uma vez por ano.

A hipertensão arterial é definida por valores iguais ou superiores a 14/9. Cerca de 51 milhões de brasileiros ou 30% da população adulta sofre com seus efeitos. A hipertensão está associada a complicações graves, como doença renal crônica, infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral, sendo responsável por 30% das mortes no Brasil.