
Um plenário esvaziado e vaias marcaram o discurso do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, nesta sexta-feira (26), na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Ao subir na tribuna, Netanyahu foi vaiado, e diversas delegações, incluindo a brasileira, deixaram o local em protesto.
Em seu discurso, o primeiro-ministro declarou que a guerra em Gaza "ainda não acabou" e que só sai da região quando "terminar o trabalho". O premiê israelense classificou o Hamas como uma "organização terrorista genocida" que disse ser pior que o Estado Islâmico.
Netanyahu exigiu que os líderes do Hamas devolvam os 48 reféns e se entreguem, sob a ameaça de que, caso não o façam, "serão caçados". O primeiro-ministro também criticou a atuação das Nações Unidas e de seus líderes em relação às ações de Israel no conflito, citando a possibilidade de sanções e indiciamentos.
Benjamin Netanyahu condenou duramente o reconhecimento do Estado Palestino, alegando que representaria uma ameaça a Israel. E afirmou que não permitirá que os líderes internacionais "empurrem esse Estado pela garganta abaixo de Israel".
O premiê elogiou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chamando-o de um aliado que enfrenta uma ameaça comum, o terrorismo, e que também luta contra o antissemitismo. Além disso, comparou as ações em Gaza ao 11 de Setembro nos EUA.
Netanyahu criticou a mídia pela cobertura do conflito, sugerindo que ela retrata Israel como o culpado pelo colapso na região. E negou mais uma vez, a acusação de genocídio e de ser responsável por uma política de fome em Gaza. Por fim, Netanyahu exaltou as ações militares na guerra contra o Irã, além de mencionar conflitos contra Líbano, Síria, Iêmen e Iraque.
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